quinta-feira, 28 de maio de 2009

Um céu escuro de passado.


Bem verdade a quebra em um ritmo tão bom de escrita a que tinha me acostumado pelas primeiras semanas; mas é possível que haja a infeliz oposição, aqui, entre minha escrita e minha vida - que uma se alimente do que à outra é carniça. Torçamos então por tempos de fome literária.
Tenho cá pensado, no entanto, sobre a infeliz relação entre um e suas ausências - infeliz por tão pouco ou nada recíproca. Enquanto tão fácil nos tocam os ausentes, a eles podemos tão somente assistir desse camarote melancólico que é a memória. E continuaremos a assisti-los tomarem formas improváveis, em um céu escuro de passado, tão longe ao toque, mas à distância de um olhar, até que por fim se desfaçam em saudades e, logo, em nada mais. E nada mais tantas vezes é o que falta para o claro de um céu que, por mais que discordem nossos olhos, é o mesmo e o será sempre.
Que fique perdoado o texto pouco inspirado por motivo de ressaca e de uma certa falta de objetivo com essa música de céu azul.





Wilco - Sky Blue Sky

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