Criamos por hábito fazer frígido o que de mais vulnerável há em nós, em consequência ao medo tão comum de termos expostas aos olhos terceiros as coisas miúdas que nos fazem fracos. Problema é desenvolver a tal ponto essa crosta que nem saibamos mais nós o caminho por onde alcançar o que temos também de mais bonito e insolúvel. Pois aqui apresento um atalho.
Tom Waits veio a mim em período de negação, como tantos há e outros tantos houve; sua voz traz consigo a imagem dos frustrados nas ruas de uma cidade a eles cega, dos bêbados, daqueles com um fígado ruim e um coração partido, da perdição dos homens nas infinitas maneiras pelas quais conseguem atingi-la, das saudades, dos amores que já não há. E incrível que pareça, traz também conforto, pela razão irônica de que se constata que em um mundo onde tantas mazelas incidem sobre nós, há também a possibilidade de fazer delas arte. E arte é o mínimo que se pode dizer daquilo que soa através dessa voz rouca e perdida, pois rompe barreira qualquer que se possa ter erguida e nos toca onde precisamos, vez por outra, para humanos sermos, ser tocados. Por mais que doa.
Para vocês, para mim, Tom Traubert's Blues.
Tom Waits veio a mim em período de negação, como tantos há e outros tantos houve; sua voz traz consigo a imagem dos frustrados nas ruas de uma cidade a eles cega, dos bêbados, daqueles com um fígado ruim e um coração partido, da perdição dos homens nas infinitas maneiras pelas quais conseguem atingi-la, das saudades, dos amores que já não há. E incrível que pareça, traz também conforto, pela razão irônica de que se constata que em um mundo onde tantas mazelas incidem sobre nós, há também a possibilidade de fazer delas arte. E arte é o mínimo que se pode dizer daquilo que soa através dessa voz rouca e perdida, pois rompe barreira qualquer que se possa ter erguida e nos toca onde precisamos, vez por outra, para humanos sermos, ser tocados. Por mais que doa.
Para vocês, para mim, Tom Traubert's Blues.
sou muito indisciplinada com blog, Dani. vou continuar tentando, mas não sei... já tive incontáveis blogs e eles acabam nunca constituindo identidade, porque eu posto esporadicamente e sou muito inconstante. daí, de repente, não sou mais nada daquilo que tá nos últimos posts e deleto tudo.
ResponderExcluirvamos ver no que vai dar, né?
vou zurebar o teu e favoritar também!
xero!
Nunca tinha ouvido,mas a sua voz chamou minha atenção.
ResponderExcluirlindo o blog. tá uma transposição muito próxima, para o universo cibernético, do que tu é. hehe.
ResponderExcluira tua cara. :)