sexta-feira, 17 de julho de 2009

Amemos, portanto.

Momento aqui emocionado depois de resgatar álbuns antigos me mantendo bebê, e o mesmo fazendo de certa forma aos que me cercavam, quando ainda se ria com a leveza que a infância concede, a nossa ou dos que nos amam. Me veio à mente a seguinte ideia, um olhar dirigido por pai ou mãe a um filho não está preso ao momento que o contém, mas no instante por que é mantido, não mais do que isso, transita livre em viagem pelos anos, o vê nascendo e dando início à história que a deles se confunde, o primeiro sorriso e as primeiras palavras que o explicam, a inocência aos poucos sendo morta pela vida sobre a qual não têm controle, as primeiras ideias que o farão indivíduo, o corpo crescendo até onde pode, a mente crescendo para além de si, isso tudo em um fluxo que culmina no momento presente, em que o filho é esperança, bebê, criança e homem, tudo ao mesmo tempo, no intervalo de um olhar.
E compreensível que não respondamos com o cuidado merecido, e às vezes inclusive com a falta completa dele, nós que somos essa mistura malefeita de criança, homem e esperança; deve-se, vez por outra, contudo, trazer à mente essa ideia, e por ela só, amá-los.
Amemos, portanto, agora, não depois.

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